Três dias depois do Dia de Reis, á noite. Cabeça com cabeça na almofada, ponte insone de piolhos em festa, eu bem sei. A sua voze pequenina que ilumina como pirilampo o quarto:
-Olha mamai.
-O quê, Nicolás...
-Tu sabes por quê há coisas das que gostamos muito muito muito o primeiro dia.. e depois..
-Depois quê?
-...depois já não.. depois já deixam de ser muito importantes....
Eu percebo, mas acho impossível que criança de cinco anos possa ter pensamentos de tão alta filsofia.. e insisto para confirmar:
-Não percebo, Nicolás, por exemplo?
-Por exemplo o Crocodilo tiradentes... ou o hidroavião.. O prmeiro dia não podia ficar um instante sem eles.. mas agora.. agora.. já tanto faz.
-Claro... Dorme Nicolás, estás muito cansado... - Aproveito a vantagem que me oferece o sono.
Cabeça com cabeça na almofada, ponte insone de piolhos, escuto como está a crescer.
No sé qué preguntas se va a hacer dentro de un par de años. Ve preparándote, querida niña :)
ResponderExcluirClaro, he comenzado con Kant, pero no sé si Nico está más en la línea de Schopenhauer o como quiera que se escriba... :))
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