Mais uma vez a noite a fazer as nossas palavras íntimas e pequenas, profundas e frescas, como tiradas do poço da consciência. O pequeno NIcolás tem o seu primeiro exame e desenvolve o fio da responsabilidade: o medo.
Não quer crescer.
-Tenho medo de chegar até sexto, mamai. É muito difícil...
-Mas não é tal, Nico, chega com estudar cada dia....
Interrompe porque ele já sabe, já falamos:
-Bem sei, mamai.. Antes do sexto ano virá terceiro e quarto.. e quinto, e e vou apreendendo cada vez mais coisa, e até depois vou ir ao Instituto, como a Clara, e ao Bacharelato... e depois ainda à Universidade e...
E é então que os seus olhinhos iluminam-se mesmo na penumbra do quarto, incorpora a cabecinha da almofada e feliz, inocente e feliz, acrescenta:
-E tudo para morrer mui listos!
(Que para você, minha amiga e para você, meu amigo, quer dizer experto ou mesmo sábio. E sábio é que é, meu pequeno NIco).
Algum dia ele terá este blogue para ajudar-lhe a lembrar os paraisos da infância. É um investimento. Abrir uma conta ao seu nome na caixa da memória.
ResponderExcluirPreciosa maneira de dizer. Um beijinho.
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