Quando o pequeno Nicolás tinha dois anos minha mãe morreu. Comecei então a escrever um livrinho de pequenas histórias. Cada noite, enquanto NIcolás adormecia, eu ficava a escrever no seu quarto, às escuras. Era o jeito de ele não se queixar. Era o meu jeito de chorar.
A dor se passou. O Nicolás cresceu. Eu escrevo à tarde na cozinha ou à noite no meu quarto. Às vezes às escuras, outras vezes com pouca luz. Mas hoje o NIcolás andava desvelado.
-Mamai, não posso dormir.... vem ao meu quarto a escrever... Gosto tanto de adormecer enquanto tu escreves...
Lembro então aqueles dias que ele aqueceu com seu respirar tão calmo. E ele fica adormecido com o claqué hesitante dos meus dedos no teclado.
Tou certo que o que escreves-te naquela altura é sublime. Lástima não o tenhas publicado. Não há nada mais formoso que ver dormir um filho.
ResponderExcluirCerto. E aproveitar essa calma para escrever...
ResponderExcluirNão há sorte para publicar. Lá está. Pronto para se ler... mas... Paciência. Qualquer dia...
Obrigada por confiar. Um beijinho.
Por certo, perdi o teu e-mail. Podes-me escrever para recuperar? obrigada!
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