Hoje, a tarde que calhou tinha mais uma vez vontade de primavera. Havia esforço na luz que sorteava as raras nuvens. Havia um ar de estréia e havia, mais que qualquer outra coisa, andorinhas no Rosadoiro. O dia primeiro do ano, já falei, observei alguns “aviões” esvoaçando sozinhos e fiquei surpreendida, mas esta tarde um bando delas desenhavam no céu azul, quase limpo, as sua pequena caligrafia de caneta, como Maio.
Hoje, antes de saber que a primavera ia deixar recados nas janelas, chegou-me um e-mail saudoso e triste, doce e entranhável como um abraço. Alguém que, longe desta luz, falava da chuva “gotejando pelas vidraças como lágrimas”.
Mas nem em toda a parte é sempre chuva, nem em toda a parte é sempre dor. Por isso falo da tarde que hoje ficou azul e do carinho imenso que senti por esses olhos que viam chover. Tão perto.
Beijinhos.
Esta tarde el sol rompía las nubes y hacía saltar de alegría al campo.
ResponderExcluirBjs
Jo! lo has dicho todo en una línea! Eres una artista! Justamente era eso!
ResponderExcluirNo se como lo haces. Nos pones a todos en la mirada melancólica del que veía llover.
ResponderExcluirBises
Qué bien que estés ahí, Marc! Es qeu esa melancolía la tenemos todos, solo la toco y resuena, como las copas de cristal, sabes?
ResponderExcluirbjs.