quarta-feira, 24 de junho de 2009

Último dia de escola

Foi o último dia de escola. Os mais pequenos cantaram uma divertida canção de moscas e pão. Davam voltas e Nicolás, numa volta, viu a mamá a tirar fotografias.
-É a minha mamá! Está lá a mamá!
Perdeu o ritmo, mas não tinha importância, nessa altura iam todos ao seu, cada um ao seu passo.
Baixou do cenário e com um sorriso como um presente fez aceno de achegar-se a mim, mas de caminho decidiu seguir a bicha dos companheiros, disciplinado, e apenas deixou no ar um “adeus” que tinha um claro sotaque de “bah-vejo-te-depois”.
À noite, debulhando o dia, contou-me:
-Estavas ali, mas não fui dar um beijinho.
-Não, disseste “bah” e foste com os teus companheiros, mui bem. Como ordenava a profe.
-Sim, mas sabes? Outra vez vai haver escola, e vai haver o último dia, e vamos cantar uma canção e tu vas ir ver como cantamos. E então eu vou dizer, está lá minha mamá, e depois vou baixar e não vou dizer “bah”, vou baixar e dar um beijinho para mamá e depois vou com os meus amigos.
E fica adormecido com o dia corrigido e uma matrícula de honra no peito de mamá.

3 comentários:

  1. Dios mío! Cómo puedes sacarte la sonrisa boba de la cara? Aúpa Sparrow! Siempre fue mi favorito.
    Besos

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  2. Uau!, este Nico es muy especial. ¡Qué ternura!

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  3. No me la saco.. me dura toda la noche.. Solo después, en sus ataques de ira, cuando recita de memoria y sin equivocarse todos los palabrones cazados al vuelo con sus orejitas cazamaldades, solo entonces, digo, cambio la sonrisa boba por la incontenible. Y a veces por las incontenibles ganas de ponerle el culo como un tomate!
    Es un sol, realmente. Un pirata!

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