quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Elvira Ribeiro

"Escachei en balde o cunco dos desexos

Que farei agora
da cautela
derramada?"


De "Arxilosa", um poemário de Elvira Ribeiro. Um amigo descobriu-ma hai apenas umas horas.
Duvidei da escolha da palavra "escachei", mas posta no contexto de argila e cerâmicas,de cacos e estoupidos... talvez o valor fonético seja o adequado.
Parece-me preciosa a imagem da "cautela derramada". Roto o cunco dos desejos, derramada a cautela... satisfeito, talvez, o anseio...ficamos vazios de esperança, de ilusao...
Melhor deixar ficar qualquer coisa em nós, sempre sem cumprir.

4 comentários:

  1. Cómo se disfruta imaginando, pensando en el cómo será, sintiéndose vivo ante lo que puede pasar...
    Pero también, es maravilloso sentir realizado aquello que tanto has deseado y aquello por lo que has luchado en cuerpo y alma...
    Me temo que no sé qué es mejor.
    ¿dejar que la vida decida y disfrutar de ambas cosas?
    Beijinhos

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  2. Mas a chave do poema, para além da fermosa imagem da "cautela derramada", está no "en balde".
    Agora satisfeito, talvez, o anseio ficamos vazios de esperança... mas o anseio nom foi satisfeito, Paula. Estamos ante uma contundente derrota, condensada em apenas 4 versos suspirados.
    Ela escolheu romper o cunco e fijo-o violentamente (nom se lhe caiu das maos, "escachou-no") impulsada talvez pola ilusom ou a paixom ...Se polo menos valesse a pena...mas foi "en balde". Que nos fica agora?

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  3. No sé quién ha escrito el comentario anterior pero me ha dejado impresionada :-)).
    Beijinhos

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  4. E para além de impressionar, tem toda a razao. A clave do poema está em "en balde". Ficar com as maos vazias a olhar para o futuro. Sei quem foi o autor do comenntário, a mesma pessoa que me passou o poema, alguém que segue o blogue, mas desde o mistério :) Obrigada.
    Un día nos conoceremos todos, no?
    Bemvindo "Anônimo"!

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