sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Aikido das palavras

Ainda em pijama, deitados na cama.
-Nico, hoje tem que sair-nos um dia bonito. Todo bem feito. Sem inocomodar e sem raiva.
-Vale, mamá.
-Mui bem, agora vas tirar o pijama e pôr a camiseta...
-Mamá...
-Quê?
-Necessito qualquer coisa para portar-me bem...

Então compreendo o seu propósito e com arte oriental aproveito a força da sua vontade para mudar o rumo:
-Queres dizer, algo mágico?

Fica um instante surpreendido e depois interessado
-Sim, qualquer coisa mágica.

Olho em redor: há uma lâmpada mágica como a de Aladino, demasiado simples. Há uma garrafinha de vidro veneziano, demasiado perigoso... Eis que atopo um moinho de café pequenino como um polegar. Um moinho de cerâmica, azul e branco, com pé de madeira, ruínas do que foi uma casa de bonecas.
-Olha! isto pode valer! sempre que sintas que va chegar a raiva, dá uma volta ao moinho. É da casa dos duendes mágicos. Já verás!
E fica feliz com o pequeno artefacto poderoso nas suas mãos.

Mas eu tenho um certo malestar por ter mudado o rumo do seu desejo.

3 comentários:

  1. Un poquito de manipulación de vez en cuando...venga, mujer, que es broma! disfruta que esta edad se les pasa pronto!
    Besos

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  2. Disfruto, ya lo creo que disfruto! Pero es que tiene un genio este taurito... ya no sé que inventar.
    Sigue surcando el mar, bucanera!

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  3. Anda, taurito como yo. No, si ya me parecía a mi...
    Ese tipo de manipulación es fantástica. Ojalá todas fueran así!
    Un beso Pau

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