segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cacos de rotina.

Cai-se-me a tarde da mão e rompe como um vidro. Não era assim. Do teu amor resvalam gotas de sangue amargo e eu trago uma lágrima arrumada no orgulho.
Silêncio.
Caminhamos, e na cozinha escuta-se o doloroso som das areias de cristal a estremecer o vazio. Os gatos vestem unhas afiadas e miam contra a lua sonâmbula e enlouquecida.
Silêncio.
Para além da janela continuam a cantar os grilos.

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