Sobre as nossas cabeças deitadas na escuridão as estrelas fluorescentes do teito hipnotizam o nosso diálogo.
-Mamá, Papá Noel nom vai morrer...
-Nao, claro que nao...
-E por qué nao morre?
-Pois porque é mágico!
-Claro, é mágico!
Com a levidade da evidencia.
-E os Reis Magos? Eles vam morrer?
-Os Reis? Não, claro que não, também som mágicos.
-Também são mágicos...
E então a armadilha:
- E mamá... nós somos mágicos?
-... Não, nós não somos mágicos...
- Joooder!
-Nico! Isso não se diz!
E puxa a sua voz para dentro de um parêntese improvisado:
-O quê se pode dizer, mamá?
-Podes dizer: Jolín
-Joooolín!!
Mas eu fico a saber que, apenas desde a altura desprezível dos seus três anos, ele intui a crueldade de termos fim.
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