Antes de ficar adormecido sempre tem pequenos lances de sonhos, como pingas em que se lhe desfaz a consciência, a bocadinhos. Levanta a cabecinha e com os olhos sem vontade me vai contando:
-Mamai, sonhei agora que não vejo nunca “malos” em Sésamo...
-Porque não os há, Nicolás.
E constata então com uma pergunta que quer chegar a evidência:
-Não existem?
-Não, Nicolás, não existem. Em Sésamo não. Somos todos vizinhos. E somos bonzinhos.
E os seus olhos sem força correm felizes pelo curso do sonho. Os seus dedos, amarras de papel coladas no meu peito.
José Luís Peixoto na Feira do Livro de Miami, 2024
Há uma semana
esos momentos previos al sueño, entre aquí y allá, se les ve caminar hacia él.
ResponderExcluirqué ternura!
beijinhos, princesa