Ainda em pijama, deitados na cama.
-Nico, hoje tem que sair-nos um dia bonito. Todo bem feito. Sem inocomodar e sem raiva.
-Vale, mamá.
-Mui bem, agora vas tirar o pijama e pôr a camiseta...
-Mamá...
-Quê?
-Necessito qualquer coisa para portar-me bem...
Então compreendo o seu propósito e com arte oriental aproveito a força da sua vontade para mudar o rumo:
-Queres dizer, algo mágico?
Fica um instante surpreendido e depois interessado
-Sim, qualquer coisa mágica.
Olho em redor: há uma lâmpada mágica como a de Aladino, demasiado simples. Há uma garrafinha de vidro veneziano, demasiado perigoso... Eis que atopo um moinho de café pequenino como um polegar. Um moinho de cerâmica, azul e branco, com pé de madeira, ruínas do que foi uma casa de bonecas.
-Olha! isto pode valer! sempre que sintas que va chegar a raiva, dá uma volta ao moinho. É da casa dos duendes mágicos. Já verás!
E fica feliz com o pequeno artefacto poderoso nas suas mãos.
Mas eu tenho um certo malestar por ter mudado o rumo do seu desejo.
José Luís Peixoto na Feira do Livro de Miami, 2024
Há uma semana
Un poquito de manipulación de vez en cuando...venga, mujer, que es broma! disfruta que esta edad se les pasa pronto!
ResponderExcluirBesos
Disfruto, ya lo creo que disfruto! Pero es que tiene un genio este taurito... ya no sé que inventar.
ResponderExcluirSigue surcando el mar, bucanera!
Anda, taurito como yo. No, si ya me parecía a mi...
ResponderExcluirEse tipo de manipulación es fantástica. Ojalá todas fueran así!
Un beso Pau